ARTIGO - Employee Experience e os desafios da Pandemia

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Por Eduardo Guiraud, gerente de Engajamento - Pessoas e Cultura na Philip Morris Brasil 

Já há algum tempo, o mundo corporativo utiliza mais um “novo” termo na área de gestão de pessoas: Employee Experience - ou Experiência do Empregado/Colaborador, na versão em português. É sabido que as corporações têm criado vagas ou se posicionado no mercado, com uma preocupação genuína pela experiência de seus colaboradores. Mas antes de falarmos da equação da pandemia nesta “experiência”, vale dizer que em pleno ano 2022, todas as organizações, sem exceção, deveriam ter como foco a experiência de seus colaboradores.  

Para quem não está familiarizado com este termo, ele está ligado à forma como essas organizações proporcionam uma jornada especial durante todo o “ciclo de vida” que o profissional passa em uma empresa, desde o momento que a empresa atrai essa pessoa, até a maneira como trata a saída e a relação com ex-colaboradores. É a capacidade de procurar compreender o que as pessoas estão vivenciando, como estão criando pensamentos, sentindo e tendo memórias marcantes. 

As organizações, principalmente aquelas centradas em produtos e serviços que atingem milhares de pessoas ao redor do mundo, têm se preocupado em tornar-se organizações cada vez mais centradas no consumidor. No entanto, nenhuma organização alcançará legitimidade nesse campo sem antes ser genuinamente centrada nas suas pessoas. É através da criação de uma cultura que busque a compreensão das expectativas de seus empregados, alinhadas com as necessidades de negócios, que as organizações podem criar formas de trabalho que repliquem esta cultura para o mundo exterior. Como querer que um colaborador ouça seus clientes, sem sentir-se ouvido ou ter vivido a experiência de ser efetivamente ouvido pela sua própria companhia?  

A construção de experiências dos colaboradores passa pela criação das personas de uma organização. Sim, as personas “fugiram” do marketing para invadir a área de gestão de pessoas. Esta é uma das melhores maneiras para as organizações compreenderem melhor os principais grupos e características dos colaboradores, permitindo assim criar os melhores produtos e serviços para os empregados. Ouvindo seus funcionários, idealmente em cada uma das etapas mais importantes mapeadas na jornada do colaborador, é que as organizações terão condições de identificar seus pontos fortes e as dores percebidas pelos colaboradores. 

Durante a pandemia algumas empresas, mesmo que inconscientemente, acabaram adotando medidas de cuidados extras em um período de necessidade. Por outro lado, aquelas que foram capazes de criar tudo isso de maneira consciente e ouvindo os colaboradores demonstraram, efetivamente, o quanto se importam com seus colaboradores. 

Agora chegamos em um novo momento. As empresas já revisitaram suas formas de trabalho, construíram seus modelos híbridos e estão revendo alguns benefícios, ou até mesmo “regalias” que foram concedidas durante a pandemia. E, como é de se esperar, muitas têm sofrido impacto por conta da natural condição humana de se acostumar com o que lhe foi oferecido e, muitas vezes, encarar essas mudanças como uma perda.  

E você, como classifica a sua employee experience e as situações que vivenciou na pandemia e está experimentado nesta retomada ao “novo normal”? 

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