ARTIGO: Você fumou? Está com cheiro de cigarro!

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Por Maria Cardona

Todo fumante sabe o desconforto que esta pergunta envolve: uma discussão inevitável com sua família ou entes queridos. Estima-se que haja cerca de 1,1 bilhão de adultos fumantes no mundo. No Brasil, a taxa de fumantes ficou ao redor de 10% nos últimos anos. Infelizmente, estes números não tendem a mudar e a OMS calcula que, em 2025, o número de tabagistas deve se manter.  

Na América Latina, embora haja produtos alternativos disponíveis na Colômbia, Costa Rica, Guatemala e México, ainda é um desafio que fumantes encontrem informações sobre benefícios e riscos. Todos nós deveríamos ajudar esses milhões de fumantes a deixarem de fumar e graças à ciência e à inovação, os adultos que, de uma forma ou outra seguirão fumando, já têm alternativas. 

Nós também queremos que o cigarro seja coisa do passado. O ideal é não começar a fumar. Se começou, pare. Mas, se não parar, a melhor alternativa é mudar. Não se trata de produtos livres de risco, porém são menos nocivos do que o cigarro. 

Os novos produtos precisam de regulamentações baseadas em estudos científicos objetivos, independentes e rigorosos. Proibir o que é claramente uma alternativa menos nociva deixa os adultos que continuam a fumar com apenas uma opção: os cigarros. Os fumantes merecem ter acesso à alternativas como foi feito nos EUA, UK, Alemanha, Nova Zelândia, entre outros países. Diversas pesquisas foram reconhecidas por entidades como a Food and Drug Administration (FDA), nos EUA¹, e o Departamento de Saúde Pública de UK² no que se refere a produtos de tabaco aquecido e cigarros eletrônicos. 

Um estudo³ publicado no Journal of Environmental Research and Public Health 2020 indica que a queda de 38% nas vendas de cigarros no Japão entre 2011 e 2019 tem relação direta com a venda de produtos de tabaco aquecido, introduzidos no mercado japonês em 2015.  

O que acontece se trabalharmos conjuntamente? Consumidores, governo, sociedade civil e empresas têm a capacidade de dialogar de forma construtiva, baseados na ciência. Creio que assim poderemos encontrar estratégias que fortaleçam os esforços de prevenção e cessação para conseguir uma redução sistemática no consumo de cigarros de forma mais eficaz do que com proibições.  

Maria Cardona é diretora de Comunicação da Philip Morris Internacional para a Região América Latina e Canadá.

¹ https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-permits-sale-iqos-tobacco-heating-system-through-premarket-tobacco-product-application-pathway 

² Policy paper - Smoke-free generation: tobacco control plan for England - https://www.gov.uk/government/publications/towards-a-smoke-free-generation-tobacco-control-plan-for-england 

³ https://www.mdpi.com/1660-4601/17/10/3570/htm 

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