ARTIGO - ESG exige uma agenda de transformação

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Por Bruno Pinto, Executivo de Relações Institucionais da Philip Morris Brasil.

Se no começo pareceu algo passageiro, um modismo, a agenda ESG (sigla em inglês, para as práticas ambientais, sociais e de governança) mostra que veio para ficar e vai além da questão financeira. Assume, cada vez mais, papel importante na tomada de decisão das organizações, principalmente daquelas que entendem ser fundamental contemplar os anseios de uma sociedade diversa, conectada e que exige do setor privado soluções concretas para os desafios da atualidade e a construção de modelos de negócio sustentáveis.

A jornada ESG deve ser inclusiva, ou seja, não importa o tamanho e o setor do negócio, todas as empresas precisam atuar de forma responsável e buscar soluções e oportunidades para a sustentabilidade do planeta, além da crise climática, da desigualdade e da fome isoladamente, que são pilares importantes, mas não únicos. É a capilaridade de ações que gera força para mudanças rápidas e de maior amplitude e não só aquelas realizadas de forma segmentada.

Todos os setores da sociedade devem repensar qual é o seu papel e objetivos e readequar a forma como operam. É fundamental neutralizar o impacto negativo dos produtos e serviços oferecidos. Muitas vezes, isto significa transformar não só a forma de fazer negócios, mas também mudar os serviços e/ou produtos comercializados.

É o que acontece, hoje, na indústria do tabaco. A Philip Morris International (PMI) está mudando completamente seus negócios, com o objetivo de alcançar um futuro livre de fumaça, ou seja, sem cigarros, uma decisão ousada, em se tratando de seu principal produto. Mas, para a companhia, não há outro caminho para uma agenda ESG legítima, a não ser investir recursos e empenho no desenvolvimento e comercialização de alternativas menos tóxicas do que o cigarro.

Um estudo internacional recente, conduzido pela empresa de pesquisa independente Povaddo para PMI, com mais de 44 mil adultos, em 22 países, mostrou que as pessoas querem que as companhias e os líderes empresariais ajudem a impulsionar a mudança: 85% dos entrevistados acreditam que cidadãos e empresas trabalhando juntos terão um impacto mais significativo; e 77% acolhem com satisfação o envolvimento empresarial na abordagem das principais questões.

Nesse sentido, além de um futuro sem cigarro, a PMI vem trabalhando com o objetivo de chegar a zero desmatamento e atingir a neutralidade de carbono de suas operações até 2025.  Em 2021, a companhia investiu U$ 4 milhões em projetos de proteção florestal e reflorestamento no Brasil, Laos, Malaui, Moçambique e Uganda e lançou campanhas de conscientização anti-bitucas em 46 mercados, entre eles o Brasil. 

No País, a unidade de Santa Cruz do Sul (RS) é certificada pela Alliance for Water Stewardship (AWS) e pela Société Générale de Surveillance (SGS) como Carbono Neutro. A afiliada brasileira também integra o Projeto Floresta Viva, em uma parceria com o BNDES, para reflorestar entre 16 mil e 33 mil hectares com espécies nativas e biodiversidade, podendo capturar cerca de 9 milhões de toneladas de CO2.

Por fim, atua junto a milhares de pequenos produtores de tabaco da Região Sul, em projetos em parceria com a Embrapa, que têm como objetivo a diversidade de cultivos, a produção de alimentos e a sustentabilidade dessas propriedades.

A transformação em qualquer nível traz consigo novos desafios, oportunidades e responsabilidades. Mas uma mudança substancial e tangível só pode ser alcançada na convergência da inclusão, da colaboração, da tecnologia e da inovação.
 

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