ARTIGO - Equidade de gênero transforma as empresas e a sociedade

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Por Gabriela Abath, gerente Comercial de Área Norte e Nordeste, da Philip Morris Brasil

Estou prestes a completar 10 anos em uma multinacional de liderança global e, atualmente, ocupando um cargo de liderança comercial para a regional Norte e Nordeste, vejo o quanto a representatividade feminina tem se transformado dentro das organizações. São muitas as conquistas, mas ainda temos desafios a serem vencidos, para que a equidade de gênero seja ampla e políticas igualitárias se tornem uma prática comum, em benefício de todas as mulheres trabalhadoras. 

Um ambiente de trabalho no qual as pessoas se sintam respeitadas agrega valor à empresa e torna o ambiente muito mais produtivo. Dessa forma, as relações de gênero precisam ser trabalhadas de forma robusta e genuína dentro das corporações, por meio de programas que levem em conta as necessidades, peculiaridades e perfil profissional de homens e mulheres e que ajudem a desmistificar preconceitos que só trazem prejuízos a toda a sociedade.

Estamos em uma jornada que demanda esforço, diálogo, conscientização e exemplos de boas práticas, para que a diversidade seja realmente um valor cultural em todas as organizações. Sou privilegiada, pois estou em uma empresa que tem o compromisso de construir uma cultura inclusiva e diversa, que respeita e valoriza igualmente todas as pessoas, que é certificada por remunerar igualmente homens e mulheres por trabalho equivalente, que possui a meta de atingir 40% de mulheres em cargos de liderança, em 2022, e conta com programas que estimulam a liderança e o empoderamento femininos.

Sei que esta realidade ainda é distante para grande parte das mulheres que estão no mercado de trabalho, mas vejo que temos ganhado espaço. Na área comercial, na qual atuo, ainda vista por muitos como masculina, eram poucas as mulheres quando iniciei. Hoje, já somos em maior número, mas ainda são poucas as que ascendem posições de liderança em cargos superiores, principalmente quando avaliamos o mercado das regiões Norte e Nordeste.

Como mulheres somos a maioria da população e a maioria no ensino superior. Mas ainda somos minoria no mercado de trabalho, o que com certeza impacta negativamente a economia e o desenvolvimento sustentável. Não é à toa que a igualdade de gênero integra os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da agenda mundial da ONU, a ser atingida até 2030. 

Não há dúvidas que as empresas que atuam na promoção da equidade de gênero, que reconhecem os talentos femininos e dão suporte para as mulheres alçarem voos mais altos estão à frente na construção de uma nova realidade social e econômica.

Neste ponto, é importante destacar a participação dos líderes, independentemente do gênero, para um trabalho em conjunto com a área de gestão de pessoas, visando a formação de equipes diversas, algo fundamental nos dias de hoje no ambiente empresarial. Afinal, diversidade se tornou sinônimo de sucesso, pois permite a observação de diferentes pontos de vista, o que é indispensável para se conhecer as reais necessidades dos clientes e do mercado.

As mulheres podem estar onde quiserem, nas funções e cargos que desejarem. As mulheres são protagonistas de suas histórias, de suas carreiras, mas precisam de oportunidades, assim como qualquer pessoa. Seguir neste caminho é positivo não só para nós, mas para toda a sociedade.

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