ARTIGO - Como inserir a neutralidade de carbono na estratégia das empresas?

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Por Mateus Guterres, especialista em Sustentabilidade da Philip Morris Brasil 

Precisamos avançar mais rápido. A busca para limitar o aumento da temperatura global e garantir o futuro do planeta demanda uma mobilização mais efetiva de governos, empresas e da sociedade. O único caminho é reduzirmos as emissões dos gases causadores do efeito estufa, entre eles o CO2, a fim de frear as mudanças climáticas e os danos que já estamos testemunhando em todo o mundo.  

Reduzir o impacto ambiental hoje é estratégico para qualquer empresa que deseja a sustentabilidade de seu negócio e tem como valor a responsabilidade ambiental. Nesse sentido, iniciativas para reduzir e consequentemente neutralizar as emissões de carbono são fundamentais e devem envolver a todos dentro das organizações. 

Essa decisão é importante, para que as ações tenham relevância na cultura da companhia e haja de fato engajamento e dedicação ao objetivo comum: mitigar o impacto das operações no meio ambiente.   

Para que essa transformação seja genuína, a comunicação é uma grande aliada no processo. Afinal, não há engajamento sem conscientização, ambos são ferramentas essenciais na construção de uma agenda de sustentabilidade robusta, que de fato gere impacto positivo no meio ambiente. 

Além de agregar valor à companhia e seus produtos, o engajamento viabiliza outro elemento fundamental em qualquer transformação: a retenção de talentos, uma vez que bons profissionais querem participar e contribuir em empresas que tenham um propósito claro atrelado à sustentabilidade. 

Não há dúvidas que o tamanho do problema a enfrentar nessa área exige atitudes ousadas, sendo imperativo à alta liderança priorizar ações que gerem os resultados sustentáveis exigidos, cada vez mais, por consumidores e mercados em  todo o mundo. 

A busca por soluções que reduzam a emissão de CO2 demanda mudanças que vão da economia de energia e reutilização da água, por exemplo, às mais complexas, como troca de processos, melhorias e substituição de combustíveis fósseis por energias limpas, entre muitas outras, que necessitam de investimentos e inovação. 

Definitivamente, combater as mudanças climáticas provocadas pelas emissões de poluentes que impactam o nosso futuro na Terra não é tarefa fácil. Estabelecer relações fora dos muros da empresa, com a iniciativa privada, órgãos públicos, academia e toda a cadeia de valor na qual a organização está inserida, fortalece o compromisso pelo meio ambiente. Mais do que isso, tem a capacidade de alavancar projetos de maior impacto de recuperação ambiental. 

É bom lembrar que toda e qualquer ação atrelada aos pilares de ESG (questões ambientais, sociais e de governança) têm algum impacto social e devem ser definidas conforme o contexto da empresa – e isso inclui a indústria do tabaco, que investe na busca por alternativas menos tóxicas do que o seu próprio produto, o cigarro. A adoção de ações socialmente engajadas demonstra uma visão de longo prazo, além de demostrar que a empresa busca reduzir o seu impacto ambiental. 

Atenuar as consequências das mudanças climáticas causadas pelas emissões de CO2 e outros gases poluentes e trabalhar para reduzir as emissões, mais do que um compromisso, precisa ser um valor cultural nas organizações e na sociedade. Não há outro caminho para tornar possível o nosso futuro. 

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