65% dos fumadores na União Europeia acreditam que os decisores na UE, quando legislam e regulam produtos que contêm tabaco e nicotina, não consideram o impacto que tais decisões têm neles

Além disso, 66% dos inquiridos (fumadores e não fumadores adultos), em toda a Europa, concordam que organizações como a UE e a Organização Mundial de Saúde (OMS) deveriam colocar maior ênfase na redução de danos, incentivando os fumadores a diminuir a utilização de produtos nocivos, ao invés de tentarem eliminar completamente o consumo de tabaco. 

Paris, 15 de abril de 2024 — Os resultados de um novo inquérito divulgado pela Povaddo revelam que existe uma ampla aceitação entre os europeus de que as soluções sem fumo, como os cigarros eletrónicos e o tabaco aquecido, são alternativas razoáveis aos cigarros e que a União Europeia (UE) deve cuidadosamente considerar as externalidades de qualquer política fiscal que lhes seja aplicada. Dois terços (66%) dos adultos inquiridos na Europa acreditam que os fumadores podem ser encorajados a mudar para alternativas cientificamente fundamentadas, tributando estes produtos a um nível inferior ao dos cigarros, mas ainda assim suficientemente elevado para desencorajar o consumo por jovens ou não fumadores.

Realizado pela Povaddo, empresa independente de estudos de mercado e de opinião, para a Philip Morris International (PMI), o inquérito a mais de 14.000 adultos, em 13 Estados-Membros da UE, a que se soma a Ucrânia, mostra como os europeus têm opiniões fortes sobre como estes produtos devem ser tratados pelos governos, tanto a nível nacional e comunitário, como num todo: 

  • Aos fumadores adultos deve ser disponibilizada informação precisa e cientificamente fundamentada de que as alternativas sem fumo apresentam menor risco do que continuar a fumar cigarros, mesmo que não sejam isentas de riscos (69%). 
  • Os governos podem ajudar a melhorar a saúde pública apoiando políticas que incentivem os fumadores adultos que não abandonam totalmente os produtos de tabaco e nicotina a mudar para alternativas inovadoras sem fumo que tenham o potencial de ser menos prejudiciais do que continuar a fumar (67%). 
  • A UE deve dedicar tempo e recursos à erradicação do consumo de cigarros, incentivando todos os fumadores a abandonar completamente ou a mudar para uma alternativa de menor risco, cientificamente fundamentada (67%). 

Os resultados deste inquérito sugerem que existe uma desconexão entre os decisores políticos e os cidadãos que eles governam e representam no que se trata a políticas públicas sobre o tabaco”, disse o presidente do Povaddo, William Stewart. “A abordagem política da UE parece mais centrada num objetivo irrealista, a erradicação completa do consumo de nicotina, enquanto a maioria das pessoas está recetiva a uma abordagem pragmática, baseada na redução dos danos em tabaco, e que incentive os fumadores a utilizarem produtos de nicotina menos nocivos.” 

Além disso, o inquérito mostra que seis em cada dez (60%) acreditam que o seu país tem um “problema” com o comércio ilícito de produtos de tabaco e que contêm nicotina, embora apenas 6% dos inquiridos nos 13 Estados-Membros tenham identificado corretamente que, em 2022, entre 10 mil milhões e 15 mil milhões de euros em receitas fiscais foram perdidos por causa destas práticas ilegais. 

Existe um grande reconhecimento e compreensão dos impactos dos produtos de tabaco e nicotina ilícitos, mesmo que a dimensão do problema seja subestimada: 

  • 74% concordam que a proibição de certos produtos de tabaco e que contêm nicotina não conduzirá realmente a uma redução do consumo. Ao invés, os consumidores irão apenas procurar estes produtos no mercado negro;

  • 65% concordam que o comércio ilícito de tabaco e produtos que contêm nicotina prejudica os esforços para reduzir as taxas de tabagismo.

  • 73% concordam que o comércio ilícito de produtos de tabaco e/ou nicotina pode ter consequências negativas graves para a segurança, proteção e saúde pública nos seus respetivos países.

“A conclusão é que o comércio ilícito de produtos de tabaco e nicotina é visto como um problema em toda a Europa e as pessoas estão conscientes das consequências negativas que decorrem deste problema”, refere o responsável pelo estudo. “Existe um mandato bastante claro por parte das pessoas para que os governos tenham em conta o comércio ilícito ao decidir como regular e tributar estes produtos, e muitas não sentem que isso esteja a acontecer.” 

 

Metodologia do estudo 

A PMI comissariou à Povaddo a realização do inquérito nos seguintes países: Bélgica, Bulgária, Croácia, República Checa, França, Grécia, Itália, Lituânia, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Espanha e Ucrânia. Um total de 14.119 entrevistas foram realizadas entre maiores de idade, adultos que representam a população em geral (aproximadamente 1.000 por país), no período entre 29 de dezembro de 2023 e 31 de janeiro de 2024. Os dados foram ponderados por país em termos de idade, género e consumo de produtos de tabaco/nicotina para refletir as estatísticas da população nacional. 

A pesquisa apresenta uma margem de erro geral de +/- 1% no intervalo de confiança de 95%. Os resultados estão disponíveis tanto a nível global (14 países) como a nível de cada país. Os resultados a nível nacional apresentam uma margem de erro de +/- 3% no intervalo de confiança de 95%. 

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